Mesmo não estando com ele, o José entrou logo “a matar”, pedindo-me logo dinheiro emprestado e guarida!
Mas era com outra Lúcia que
ele lidava, e fiz-lhe um desenho. Completo. Que incluiu passado, presente e
futuro. E uma personagem nova e muito importante.
Ao ver a cara dele de
espanto, eu fiz uma cara alegre. E fiquei assim. Mas ele é que não ficou assim, vim
rapidamente a saber.
Anteriormente tratei-o como se ele fosse estupido e afinal ele é que me fez de parva. Eu não aprendo
mesmo, pois voltei a cometer o mesmo erro. E com a mesma pessoa.
Ele saiu de minha casa furioso por eu não ter esperado por ele e ter arranjado logo outro (!!!).
É que segundo ele, tinha ido para Angola para arranjar dinheiro para o nosso futuro. E eu tinha agora estragado tudo. É preciso ter uma distinta e descomunal lata!
Frustrado, e depois de me chamar tudo menos "Santa" resolveu vingar-se. E as pessoas daquele calibre normalmente gostam de o fazer no sitio onde dói mais aos outros.
É que segundo ele, tinha ido para Angola para arranjar dinheiro para o nosso futuro. E eu tinha agora estragado tudo. É preciso ter uma distinta e descomunal lata!
Frustrado, e depois de me chamar tudo menos "Santa" resolveu vingar-se. E as pessoas daquele calibre normalmente gostam de o fazer no sitio onde dói mais aos outros.
Tendo já sabido que o André
tinha voltado, tratou de conseguir o seu número, e rapidamente alguém odeu.
E desta forma vil o André soube
onde eu morava. E conseguiu ver-me nesse próprio dia. E eu sem saber de nada.
André, como uma fera enjaulada,
andava de um lado para o outro, impaciente, no passeio perto da minha casa. Esperando.
Esperando talvez eu aparecer
na varanda, que saísse, que o número de transeuntes diminuísse…. Esperando.
E eu longe de o imaginar ali, esperando.
Mas houve quem o visse. E
quem ligasse ao Paulo. E alarmado, veio logo para casa. Mas ainda estava longe....
E o André avançou antes da chegada do Paulo.
E eu sem saber de nada. Estava tão longe da trama que se urdia nas minhas costas....
E o André avançou antes da chegada do Paulo.
E eu sem saber de nada. Estava tão longe da trama que se urdia nas minhas costas....
Ouvi a campainha. Julgando que fosse o José com mais treta, abri a porta a dizer
“O
que queres tu outra vez?” quando o vi, a ele, ao André.
Tremi toda e vi-o a tremer.
Olhei-lhe bem fundo nos olhos para saber que André estava ali diante de mim. E
não consegui saber qual deles era. E fiquei sem saber o que fazer ou o que dizer.
Calado, a olhar para mim,
estava o homem que eu tanto tinha enganado, cobardemente, com o seu melhor
amigo.
Ali, à minha frente, estava
o homem com o qual tinha sonhado durante tanto tempo.
Com uma voz rouca, ele perguntou “Porquê?”
Mas nem uma palavra saiu da minha boca. Estava embargada demais para dizer fosse o que fosse.
(continua)
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