sexta-feira, 27 de maio de 2016

O que a idade me trouxe

É certo e sabido que a idade nos pode trazer coisas más e coisas boas. E outras perfeitamente inexplicáveis.


É vulgar dizer-se que a idade nos traz é maleitas no corpo. Verdade. Mas estas podem surgir em qualquer idade. Até na gestação.
 
É vulgar dizer-se que a idade nos traz é juízo, com os dentes do siso. Mas o juízo é algo que surge (ou não) independentemente da idade.


A idade trouxe-me diversas coisas, mas felizmente (ainda) nenhuma maleita grave, e quanto ao juízo, se o não tenho já não me deve aparecer à porta.

A idade trouxe-me outras coisas e algumas delas não as consigo explicar. Aliás, nem quero.

Aceito-as como verdadeiras dádivas que considero que são.


É que a idade trouxe-me uma nova forma de sentir o mundo. De sentir as pessoas. E principalmente, de sentir os meus sentimentos, e os dos outros.

É toda uma sensibilidade que nunca imaginei que existiria. E muito menos que a iria ter.

E ela manifesta-se em todas as coisas simples da minha vida. E que tanto a enriqueceu. E que tanto a mudou....

No saborear…
No tocar…
No olhar…
No falar….
No escrever….
No ouvir…
No pensar…
No sentir…
No viver…
E no amar…

A idade mostrou-me um novo conceito de amor. E é em tudo diferente ao que existia em mim até agora.


E vejo agora que quem nunca amou plena e verdadeiramente não imagina sequer o significado deste sentimento.
Até pode dizer que ama.
Até pode convencer que ama.
Até se pode convencer que ama.

Mas é tão notório e visível para mim que a sua alma não está prenhe desse sentimento que nem consigo sequer entender porque outros não o conseguem ver!

Mas por outro lado  é uma sensação tão inebriante poder vislumbrar em mim e em outrem o brotar do mais belo, puro e doce dos sentimentos humanos….

Sinto que é pura magia!

Realmente a idade trouxe-me tanta coisa...

segunda-feira, 23 de maio de 2016

As Minhas Máscaras



De vez em quando acordo para uma nova vida. E acordar é o termo que me ocorre mais apropriado.

Sinto como se sempre tivesse tido máscaras que me tapavam a visão, e a cada uma que me era retirada conseguia ver melhor a realidade, com mais luz e com outro discernimento.

Não sei quantas máscaras ainda me restam. Se é que ainda tenho alguma....

Mas foi precisamente com esta máscara que descobri que o meu Destino será o estar sempre num circulo contínuo a procurar a Felicidade... a encontrá-la.... e a perdê-la.

A Vida joga cruelmente, e quando nos retira a Felicidade, tudo o que foi sendo construído desaba como um mero castelo de cartas!

E não me resta mais nenhuma opção senão recomeçar, num movimento cada vez mais penoso por inútil e, sei-o agora, sem fim.

Parece a história da cenoura e do burro, mas o burro sou eu, como dizia o Scolari!!

(Mas se preferirem algo mais fino posso dar como exemplo Sisifo, que como castigo pelos seus actos tem de empurrar pela eternidade uma rocha por uma montanha acima…..).

Vou-me então preparar para passar o resto da minha vida atrás de algo efémero, transitório e volátil, a que pomposamente denominamos de Felicidade ...

... e de estar sempre a regressar à Casa da Partida (mas sem receber os dois contitos, como no Monopólio….).

Pessoalmente considero que teria mais hipóteses de acertar com uma fisga numa única perna de uma centopeia e num quarto escuro, do que ser realmente Feliz!
Para mim é triste… mas como diz o outro: "Temos pena..."

“Quando já vislumbrava um lindo tremeluzir desabou uma imprevista mas violenta tempestade.

Apesar de pequena, esta fez com que o fogo que alegremente crepitava se apagasse e as suas brasas se dispersassem.

Só vendo os ténues vestígios das cinzas pude realmente acreditar que ali existira algo tão quente e vivo....

... e recordar o quanto fora feliz nesse fogo….”
by me!

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Como Medir o Amor?



“Amas-me? Sim! Quanto? Muito! Mas muito quanto? Muito muito! Não acredito, prova-o! Como? Não sei, arranja-te!”

Para evitar estas conversas não seria Fabulástico que se arranjasse uma forma de se medir o Amor?

Seria concerteza para muitas pessoas, pois demonstraria inequivocamente quanto é que amava. Ou o quanto era amada.

Para outras, porém, significaria o derradeiro cair da sua máscara….

Actualmente uma das inúmeras formas de poder medir o Amor seria doar-lhe um Rim....

"Amor, vim do médico e preciso urgentemente de um transplante de rim. Podes dar-me um dos teus? O QUÊ? Eu dou-te é um par de estalos e uns patins em linha!"

Mas deixemo-nos levar pela imaginação (que até ver não paga imposto...)

Até parece que já estou a ver a Máquina de Medir o Amor, com uma cadeira toda cheia de estilo e um capacete prateado, cheio de fios...

Mas qualquer método serviria desde que resultasse e não deixasse dúvidas, pois isto do Amor é coisa muito séria!

Claro que não serviria só para saber o quanto se ama a nossa cara-metade, mas incluiria filhos, pais, cães, gatos e periquitos, isto para não excluir nada nem ninguém…

Já imaginaram? O Amor medido e autenticado, com diploma emoldurado e pendurado na parede da sala de jantar!

“Para os devidos efeitos declara-se que Hermínia sente Amor a 98% por Esteves”

E ao lado a fotografia da tatuagem no braço do Esteves, com o nome Hermínia no meio de um coração atravessado por uma seta ….

É que o diploma a atestar Amor por outrem só deveria ser emitido para quem atingisse uns, digamos, míseros 65% ….

Este Certificado seria decerto um extraordinário garante para qualquer relação. Ou não….

É que bastaria uma qualquer diferença nas medições para que o que amasse mais reclamasse com o outro: “Sim, que eu amo-te 3,1% mais que tu a mim!

E aí começava a confusão, com medições semanais, e às escondidas um do outro….

E seria um corropio de gente a fazer medições para ver de quem gostava mais, se da Loura se da Morena como na canção do Marco Paulo….

De uma coisa tenho a certeza. Seria decerto um excelente negócio!

Esperemos assim que um Professor Pardal qualquer invente a máquina de medir o Amor rapidamente.

Mas até lá… abram o vosso coração.

É que amar é Fabulástico!


Nota: Fabulástico significa fabuloso e fantástico em simultâneo. Ou seja, bué de muito e de bom!

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Oh Madalena!


A sensação martelava-lhe a cabeça há semanas, e por causa disso andava completa e irremediavelmente passado!

A dor que isso lhe causava era grande demais, até para ele, batido na vida e na má-vida da grande cidade e arredores.

Sim, caramba, até mesmo para ele, que julgava já ter passado por tudo e mais um par de botas, e que sempre se sentiu capaz de enfrentar este mundo e o outro. Menos isto!

É que tinha a sensação que a sua mulher, a sua musa, o grande amor da sua vida, tinha outro homem!

Os indícios andavam lá há mais tempo que o tempo lhe poderia contar. Mas como acontece amiúde, o que os olhos viam o cérebro não queria ver!

E nesta sua cegueira mental ia aguentando mais uma hora, mais um dia, mais uma semana de negação, de sofrimento…. até chegar à perfeita agonia em que se encontrava.

A ideia que a Madalena, a sua Madalena, andava com outro tipo, ressoava forte na sua caixa de pirulitos….

Só essa simples ideia o repugnava atrozmente. Se bem que ultimamente ele lhe fosse tudo menos fiel, a perspectiva da sua Madalena pagar-lhe da mesma moeda deixava-o sem pinga de sangue.

Já se conheceram tarde, e não na noite, através de amigos em comum. Um verdadeiro clássico! Jantar a quatro, vinho tinto, risos e sorrisos….

E na opinião de quem os juntou a relação tinha tudo para dar certo. E tinham.

Ela tinha medo de finar-se numa relação de conveniência, com alguém que nada lhe dizia… e ele queria alguém que ficasse na sua cama pelo menos três noites seguidas….ou seja, um recorde absoluto!

Ela ansiava por alguém experiente de vida e não só, que lhe desse luta, adrenalina, paixão. Um homem experiente que a ensinasse a viver a vida e não um pateta qualquer que depressa desprezaria.

Ele queria amar verdadeiramente alguém, que lhe desse estabilidade emocional, e que fosse bonita e fogosa. Mas no íntimo que lhe pudesse dar alguma da liberdade a que estava habituado, mas com regras rígidas, senão, já sabia, abusaria.

Depois de se conhecerem nunca mais se largaram como se a sobrevivência de ambos dependesse disso. Estavam apaixonados um pelo outro e nada mais contava.

Nessa altura o mundo poderia começar a girar ao contrário que eles nem se aperceberiam.

Ele largou as noitadas, os copos e as amigas e ela o Facebook e as novelas. E viveram felizes para sempre….

Mas para ele a palavra “sempre” significava uns seis meses. E para ela significava a eternidade e mais além!

Vistas bem as coisas, até correu tudo muito bem!

Durante bastante tempo saíram sempre só os dois, juntos, juntinhos. Jantares românticos, escapadelas cheias de amor, juras de amor eterno, convívios com as famílias, datas festivas.

Eram dois sonhos unidos numa única realidade!

Mas mesmo os sonhos mais felizes tendem a esfumar-se perante certas realidades….

Ambos sabiam que ele era um lobo, um feroz predador da noite, e que o disfarce de ovelha só lhe iria servir por uns tempos….

Depressa veio o menu típico do chegar tarde do trabalho, do ir ao ginásio todos os fins-de-semana, de ter dois telemóveis, sendo o outro “só para o trabalho”.

Mas mulher que é mulher não se fecha nos seus problemas, e foi aconselhar-se com uma sua prima que já tinha travado batalhas daquelas.

E “na Guerra e no Amor vale tudo”, tinha ouvido dizer. E a Madalena foi à luta!

Era o jogo do gato e do rato. Das certezas e das negações. Do “amo-te muito” e do “odeio-te tanto”. Mas sempre juntos, amantes e  casal. Até agora. Até a Madalena ter arranjado outro homem.

“A Madalena tem outro homem? Impossível! Tens a certeza, meu? Estás a brincar. A Madalena? Ela ama-te, meu. Ela ama-te!”

“Só podes estar a brincar. A minha irmã não é dessas, se bem que tu sabes que já mereces um belo par daqueles.”

“Eu tenho outro homem? Eu? Mas tu és estúpido ou quê? Agora inventaste isto para te safares do que andas a fazer, e à vista de todos? Anormal. Julgas que sou como tu?”

Desesperado e confuso, descobriu que nada do que tinha aprendido na sua experiência de vida o podia ajudar.

A ideia de não ter nunca mais a sua Madalena aterrorizava-o. Ela afinal representava muito mais do que sequer ele podia imaginar.

A Madalena era a sua rocha, a sua âncora, a sua casa, a sua família. Ela era ele. Ela era dele. Até agora.

Do alto da sua auto-estima, do seu pedestal, nunca lhe tinha ocorrido que o amor era um sentimento tramado. E com duas faces bem distintas…..

 “Oh Madalena. O que é que me foste fazer?”

“Oh Madalena. O que é que eu fui fazer?”

“Oh Madalena…..”

terça-feira, 10 de maio de 2016

Tu completas-me!


Quem não conhece esta frase? E quem nunca sonhou poder dizê-la, com alma, à pessoa amada?

Mas afinal o que significa esse Completar?

O senso comum diz que o Amor surge espontâneo e natural. É uma das certezas da vida, pois mais cedo ou mais tarde ele aparece nas nossas vidas…

O Completar é de outro "campeonato". É mais que Amor. Mais profundo. Mais envolvente.

Comparando os dois conceitos, Amar é quase banal, acessível a todos nós. O Completar não. Só para alguns....

Os casais que podem dizer sem hesitar que o outro o completa e vice-versa estão unidos por algo muito mais especial que o “simples” Amor.

É que na sua relação têm tudo o que se pode pedir ou sonhar.

Amam-se sem barreiras, sendo esta a sua primeira pedra basilar.

Apoiam-se incondicionalmente. A competição entre eles não existe. Complementam-se.

Conhecem os defeitos e virtudes um do outro. E são fortes onde o outro é fraco.

Por último, confiam plenamente um no outro. Inclusive a própria vida.

E desconfio seriamente que esta constatação surge instantaneamente, num momento mágico, especial, único.

Para saberem isso bastou mergulharem nos olhos um do outro... e saberem ler o que vêem nos espelhos da alma....

É que quando acontece este raro e precioso mix de amor, respeito, confiança e conhecimento mútuo há certezas absolutas sobre quem é a metade da nossa laranja...

É muito mais que amar..... É sim a mais completa união entre dois seres.

E é o que todos almejamos numa relação, tenho certeza disso!

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Pensar


Eu assumo! Por vezes dou por mim a Pensar….
Confesso que já tentei parar e não consigo. É um vício que tenho é mais forte que eu.
Assim, senti-me na obrigação de vos comunicar, não vá já terem-me visto nesses propósitos e achado estranho.
E por causa disso sinto-me um pária com receio de represálias por fazer uma coisa que actualmente é quase contra-natura….
Mas não devia ser. E a culpa nem é nossa, reconheço.
Ao longo destes milénios de caminhada humana, Pensar já foi muita coisa!
Já foi uma arte, especialmente para os Antigos Gregos
Já foi uma necessidade, especialmente no Pós-Renascimento.
Agora é um verdadeiro luxo, neste século XXI da civilização ocidental.
E é um luxo porque a vida está a ser direccionada para se fazer tudo, menos Parar e Pensar.
A vida de hoje está formatada para que se consuma. E que se viaje. E especialmente vocacionada para a diversão, seja qual for a forma que esta assuma.
Claro que também está feita para que trabalhemos, para aqueles que têm a sorte de ter trabalho, e para que percamos tempos infinitos no casa trabalho e no trabalho casa….
Mas está feita para Pensar? Não. Claro que não!
Para além do referido, há uma (quase) obrigação para que sejam preenchidos os poucos tempos livres que nos restam com inúmeras actividades….
São as idas ao ginásio, os lançamentos de livros, discos, revistas, séries televisivas, as saídas e os encontros, as inúmeras comunicações electrónicas, as idas e vindas ao Facebook, Instagram, Twitter, entre outros Caçatempos!
(Para além de lermos blogues parvos como este, claro está!)
E claro, o consumo dos cada vez mais apelativos conteúdos através das televisões, smartphones e tablets…. Tudo serve para ocupar o nosso precioso e esgotável tempo.
E quando este escasseia com tanta coisa vemo-nos a realizar duas e três actividades ao mesmo tempo.
E pensar? Bem… é que realmente não há mesmo tempo para isso!!!
Mas tudo isto está tudo pensado e bem pensado. Assim, se não há tempo para pensarmos, os que pensam pensaram em pôr outros a pensar por nós! Bem pensado, não foi?
Deste modo temos Analistas, Críticos e Comentadores que pensam por nós, tomam as decisões por nós, vivenciam as coisas por nós, e de nós só é esperado que sigamos ordeiramente o pensamento da maioria.
É que Pensando bem, Pensar para quê? É que já está tudo Pensado e bem Repensado! E que siga a Vida…

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Através dos teus Olhos


Vejo a vida de uma forma diferente desde que te conheço.
E como é diferente esta minha nova vida....
Num instante ficou repleta de novas cores, cheiros, luz e ritmos.
Através dos teus olhos consigo ver um mundo que nunca tinha visto, nem sequer imaginado.
Vejo a vida desta forma porque és diferente de mim, eu sei-o. E ainda bem que o és.
Ver a vida através dos teus olhos faz-me sentir singularmente distinto de quem eu era, como se de outra pessoa se tratasse.
Via a vida como me disseram que era. E era, realmente. Mas já não é. E nunca mais será.
E para isso bastou apenas tirar as vendas que cobriam os meus olhos. Para tudo mudar. Para melhor.
Agora vejo um mundo onde o Amor vale a pena ser sentido e onde a Beleza vive em todas as Almas que a queiram acolher.
Desta forma vale a pena ver a Vida.
Desde que a veja através dos teus olhos....

segunda-feira, 2 de maio de 2016

O Cata-Vento



Hoje venho prestar uma justa e sentida homenagem a um dos maiores esteios da nossa sociedade: o Cata-Vento, campeão da maioria silenciosa!

A sua maior qualidade é a de mudar de ideias, ideais e de opiniões conforme a direcção do vento, ou melhor dizendo, das posições das pessoas que com se cruza.

E consegue executar essa brilhante dança contorcionista várias vezes ao dia, e sem nunca perder a face!

Com este posicionamento (muito manhoso por sinal) pretende garantir presença no grupo que considera mais numeroso e mais influente, no momento...

Por vezes dá-se ao luxo de participar activamente nas iniciativas, como se realmente tivesse mesmo convicções. Assim, se todos vão para a rua gritar, ele berra. Se todos se calam, nada diz.

O pior é quando lhe pedem a sua opinião.
Aí ri-se de nervoso, fica vermelho como pimentão, as palavras recusam-se a brotar da garganta e em desespero olha para todos os lados para ver se aparece alguém para o safar desse aperto - o que raramente acontece porque os cata-ventos costumam andar como rebanho sem pastor.

Por vezes rodeia-se de amigos que são os maiores machistas que Deus já pôs na Terra, e estes dizem sempre pérolas tipo "as mulheres são feitas de barro de segunda" e "deveriam andar açaimadas para não dizerem tantos disparates".
E ele acena com a cabeça em plena concordância, qual boneco que enfeitava a parte de trás dos automóveis do antigamente.

Mas no recato do lar e na presença da “sua senhora”, pia fino e fica sereno, pois sabe o risco que corre, e dormir no tapete é mal menor pois até já conhece bem o cheirinho do pó rente ao chão.

É que o seu pior receio é o de sentir, uma vez mais, o sabor da madeira amarga do rolo da massa… e isso acontece quando a sua opinião do momento não é inteiramente coincidente com a da sua “patroa”… e por aí sopram ventos tempestuosos!

Mas apesar de tudo o Cata-Vento é extremamente feliz consigo próprio, pois passar uma vida inteira sem tomar qualquer posição ou decisão de vulto é-lhe de um alívio inimaginável.

Mas o ponto alto é quando se aproximam eleições. Ele vai acompanhando as sondagens, apoia e vota invariavelmente em quem vai à frente, e deste modo “vence” todos os escrutínios, festejando rijamente o seu grande sucesso pessoal!

Por estas e por outras é que o considero um dos grandes pilares da nossa sociedade (democrática), pois ironicamente é ele que tudo decide…. sem nada decidir!