É vulgar dizer-se que a idade nos traz é maleitas
no corpo. Verdade. Mas estas podem surgir em qualquer idade. Até na gestação.
A idade trouxe-me diversas coisas, mas felizmente
(ainda) nenhuma maleita grave, e quanto ao juízo, se o não tenho já não me deve
aparecer à porta.
A idade trouxe-me outras coisas e algumas delas não as consigo explicar. Aliás, nem quero.
Aceito-as como verdadeiras dádivas que considero que são.
É que a idade trouxe-me uma nova forma de sentir o
mundo. De sentir as pessoas. E principalmente, de sentir os meus sentimentos, e
os dos outros.
É toda uma sensibilidade que nunca imaginei que existiria. E muito menos que a iria ter.
E ela manifesta-se em todas as coisas simples da minha vida. E que tanto a enriqueceu. E que tanto a mudou....
No saborear…
No tocar…
No olhar…
No falar….
No escrever….
No ouvir…
No pensar…
No sentir…
No viver…
E no amar…
A idade mostrou-me um novo conceito de amor. E é em tudo diferente ao que existia em mim até agora.
E vejo agora que quem nunca amou plena e
verdadeiramente não imagina sequer o significado deste sentimento.
Até pode dizer que ama.Até pode convencer que ama.
Até se pode convencer que ama.
Mas é tão notório e visível para mim que a sua alma não está prenhe desse sentimento que nem consigo sequer entender porque outros não o conseguem ver!
Mas por outro lado é uma sensação tão inebriante poder vislumbrar em mim e em outrem o brotar do mais belo, puro e doce dos sentimentos humanos….
Sinto que é pura magia!
Realmente a idade trouxe-me tanta coisa...
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