De vez em quando acordo para uma nova vida. E acordar
é o termo que me ocorre mais apropriado.
Sinto como se
sempre tivesse tido máscaras que me tapavam a visão, e a cada uma que me era
retirada conseguia ver melhor a realidade, com mais luz e com outro
discernimento.
Não sei quantas
máscaras ainda me restam. Se é que ainda tenho alguma....
Mas foi precisamente com
esta máscara que descobri que o meu Destino será o estar sempre num circulo contínuo a procurar a Felicidade... a encontrá-la.... e a perdê-la.
A Vida joga cruelmente, e quando nos retira a Felicidade, tudo o que foi sendo construído desaba como um mero castelo de cartas!
E não me resta mais
nenhuma opção senão recomeçar, num movimento cada vez mais penoso
por inútil e, sei-o agora, sem fim.
Parece a
história da cenoura e do burro, mas o burro sou eu, como dizia o
Scolari!!
(Mas se preferirem algo mais fino posso
dar como exemplo Sisifo, que como castigo
pelos seus actos tem de empurrar pela eternidade uma rocha por uma montanha acima…..).
Vou-me
então preparar para passar o resto da minha vida atrás de algo efémero, transitório e
volátil, a que pomposamente denominamos de Felicidade ...
... e
de estar sempre a regressar à Casa da Partida (mas sem receber os dois contitos, como no
Monopólio….).
Pessoalmente considero que teria mais hipóteses de acertar com uma fisga
numa única perna de uma centopeia e num quarto escuro, do que ser realmente Feliz!
Para mim é triste… mas como diz o outro: "Temos pena..."
“Quando já vislumbrava um lindo tremeluzir desabou uma imprevista mas violenta tempestade.
Apesar de
pequena, esta fez com que o fogo que alegremente crepitava se apagasse e as
suas brasas se dispersassem.
Só vendo os
ténues vestígios das cinzas pude realmente acreditar que ali existira algo tão quente e
vivo....
... e recordar
o quanto fora feliz nesse fogo….”
by me!
by me!
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