Da minha janela vejo uma antiga “vila”
industrial, construída em tempos idos para albergar trabalhadores das fábricas de
Lisboa.
Centenária, permanece como que invisível,
escondida do resto da cidade e do mundo, qual Avalon de Lisboa.
Quem sabe da existência destas aldeias
no meio da grande cidade? Talvez só quem lá vive. Ou quem tenha uma janela como
a minha….
Vejo crianças a brincar, divertindo-se como
sempre fazem os petizes. E gatos a subirem aos telhados.
Vejo outras pessoas que entram e saem das
suas casas. De ida e da vinda do trabalho, dos afazeres, das suas vidas.
Da minha janela apenas as vejo. Nada sei da
vida delas nem elas da minha. Apesar de morarmos tão perto…
Quem
são essas pessoas? Não aparecem
nas capas das revistas cor-de-rosa. Nem sequer na televisão.
Que
alegrias, que dramas, que sonhos têm? Que segredos guardam para si?
Como se chamam? Quem são? Provavelmente nunca saberei.
Da minha janela vejo uma antiga “vila”
industrial. E gosto da vista que tenho…..
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