De vez em
quando penso nas pessoas que passaram pela minha vida. Serei o único a pensar
desta forma?
Não costumo
pensar nos que em nada acrescentaram à minha vida, mas sim nos que a
influenciaram, a mudaram, que me deram algo de bom.
Durante a
minha vida passou por mim uma mole humana. O que acontece a todos nós.
Mas reparo
que somente algumas delas ficaram para sempre, pois tocaram na minha alma,
indelevelmente.
Quando o destino de dois seres se cruza, a meu ver não será apenas
um fenómeno casuístico, uma obra do acaso. Acredito que será bem mais que isso.
Quiçá uma pré-disposição. Mesmo uma conjugação.
Mas o que é
preciso para que uma pessoa de entre tantas se possa destacar? Sinceramente não
sei. As razões parecem sempre diversas de caso para caso.
Não foram
muitas pessoas a deixarem marca, mas não é o seu número que interessa, mas sim
a qualidade, a intensidade, a razão. E o sentimento.
As suas
interacções foram sempre únicas e irrepetíveis, tendo acrescido muito à minha
vida. E quero acreditar que acresci algo de bom às vidas delas. Pelo menos
tentei.
Na
realidade, são os meus Anjos…
No entanto, e apesar de tudo, com algumas delas perdi o contacto. Houve um
afastamento. Muitas vezes sem ter visto razão. E pior, talvez para sempre.
Para estas
ocasiões ouço sempre dizer que “É a vida”,
ou “A vida é feita de encontros e
reencontros”, mas nunca ouvi dizer que “A vida é feita de afastamentos”. Preferimos ignorá-los.
Esquecê-los.
Mas ao pensar nessas pessoas verifico que na realidade estão e
estarão sempre comigo, pois as nossas almas encontram-se umbilicalmente conectadas,
tal como com aquelas que sempre estiveram comigo.
E confesso, sinto-me tão feliz por isso…..
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