Estou entre a espada e a parede, com a ponta da lâmina a furar-me o peito, e a começar a doer bastante.
Estou
naquela idade em que sinto o tempo a fugir, mas ainda estou com muita vontade de poder
fazer muita coisa.
Porém, tenho cada vez mais consciência que, por mais que me esforce, já não conseguirei fazer tudo o que
gostaria.
Sinto pena, não de mim,
mas por mim….
Eu até nem comecei
tarde, mas por causa de ti, P*ta da Vida, parei, divergi,
atalhei, e quando dei por mim, não estava a fazer nada do que tinha desejado e
previsto.
E quando
quis retomar o caminho original, vi surgirem todos os obstáculos possíveis e
imaginários.
Agora, que ganhei
consciência que, para fazer coisas que gosto, não é preciso estarem reunidas as condições
ideais, já não tenho tempo para tudo fazer.
Estou a tentar
retomar, mas sinto um amargo de boca pelo tempo de vida desperdiçado, pelas coisas que já não vou descobrir, pelos mistérios que nunca irei desvendar.
P*uta da Vida que não
me avisaste que a Vida era tão curta, que passava tão rápido, e de que eram precisas duas ou três
vidas para poder sentir que vivi em pleno.
E,
sinceramente, porque raio não me deste tu um simples manual de instruções de “como
viver”? É que sempre me terias poupado a muitas frustrações.
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