quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

A P*ta da Vida (2)



SEGUNDA REFLEXÃO SOBRE ESSA RAMEIRA

Estou entre a espada e a parede, com a ponta da lâmina a furar-me o peito, e a começar a doer bastante.

Estou naquela idade em que sinto o tempo a fugir, mas ainda estou com muita vontade de poder fazer muita coisa.

Porém, tenho cada vez mais consciência que, por mais que me esforce, já não conseguirei fazer tudo o que gostaria.

Sinto pena, não de mim, mas por mim….

Eu até nem comecei tarde, mas por causa de ti, P*ta da Vida, parei, divergi, atalhei, e quando dei por mim, não estava a fazer nada do que tinha desejado e previsto.

E quando quis retomar o caminho original, vi surgirem todos os obstáculos possíveis e imaginários.

Agora, que ganhei consciência que, para fazer coisas que gosto, não é preciso estarem reunidas as condições ideais, já não tenho tempo para tudo fazer.

Estou a tentar retomar, mas sinto um amargo de boca pelo tempo de vida desperdiçado, pelas coisas que já não vou descobrir, pelos mistérios que nunca irei desvendar.

P*uta da Vida que não me avisaste que a Vida era tão curta, que passava tão rápido, e de que eram precisas duas ou três vidas para poder sentir que vivi em pleno.

E, sinceramente, porque raio não me deste tu um simples manual de instruções de “como viver”? É que sempre me terias poupado a muitas frustrações.



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