O
filósofo espanhol Miguel de Unamuno afirmou que “Geralmente, quando
detestamos alguma coisa nos outros é porque a sentimos em nós mesmos.”
Realmente,
muitas vezes não conseguia ver defeitos em mim próprio, mas apenas
porque me recusava a vê-los. Porém, conseguia vê-los nos outros!
Decidi
assim tentar mudar e pus-me a estudar o meu comportamento. Passei a olhar mais para dentro de
mim e menos por cima do ombro, para os outros.
Confesso
que não foi nada fácil enfrentar os meus defeitos, os meus medos, os meus
Demónios. Mas era agora ou iria viver assim o resto dos meus dias.
Assim,
de vez em quando, combino um serão de dança com os meus Demónios. E confesso
que os sacaninhas têm mesmo jeito para aquilo!
Eles
sabem que há sempre uma noite de dança quando estou bem comigo mesmo!
E quando isso acontece, os meus Demónios ficam esfuziantes. Até tomam banho e vestem uma roupa lavadinha!
Mas
quando não estou bem, evito-os, escondo-me e nem quero ouvir falar deles. E rezo
para que eles não queiram saber de mim.
Eles que vão é chatear
outro!
Mas
reparo que cada vez menos isso acontece, pois quero-os quase sempre junto a mim, mesmo sabendo
que carregam grandes defeitos….
Paradoxalmente
é com os Demónios que me sinto bem, em casa. No fundo, tornámo-nos companheiros
inseparáveis!
É
com eles que eu vivo e é com eles que enfrento, mal ou bem, a realidade dos meus mundos, interior e exterior.
E
confesso que dos dois, do que tenho mais receio é do interior,
pois desse nunca há como escapar. Ou fugir…
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