Dizia um ex-Chefe
meu que “os casamentos deviam ter prazo
de validade”. Nessa altura achava essa opinião uma blasfémia total, pois considerava que “os casamentos (no sentido alargado do
conceito) são para a vida”.
O argumento apresentado
tinha a sua lógica: “se tudo na vida tem
prazo de validade (começando pela própria vida), porque não os casamentos?
Quando decidissem que era para valer, os membros do casal estabeleciam a
duração. No final desse período e se ambos estivessem de acordo, renovariam. Ou
não. Afinal”, rematava, “o casamento é
um contrato!”
Pensando bem, se
até os contratos de trabalho sem termo terminam com a reforma, os casamentos devem
ser mesmo os únicos que são perenes.
Agora, começo a
pensar que ele até poderia ter alguma razão!
Se houvesse uma
duração estabelecida, qualquer um dos membros do casal poderia optar por não
renovar, sem justificações, sem dramas, apenas acabava….
Penso
concretamente nos membros do casal que, ao sentirem-se numa relação “estável” desinvestem em termos
sentimentais.
Se houvesse uma
duração estabelecida, talvez pudesse haver uma maior consciencialização da
importância em não deixar de alimentar continuamente a relação, como se de uma frágil flor se tratasse, que
morre rapidamente se não for cuidada.
Mas…. se é uma
daquelas pessoas afortunadas que tem uma relação abençoada este texto não é
para si, pois nesses casos o Casamento
deve ser mesmo para a Vida.
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