quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A Origem das Palavras I


 


A criancinha chega perto dos pais com uma gigantesca cara de safado e confessa: fiz meda. O pai, professor de português de profissão, corrige-o logo: “não digas que fizeste meda, tens de pronunciar o R. Diz lá agora forma correcta”. A mãe, já com cara de quem se está a passar (novamente) com o pai diz: “filho, não se diz merda, diz-se caca. Mas que fizeste tu?
Como sabemos esta ficcionada história é muito habitual nos nossos lares. Invariavelmente a educação portuguesa tenta adiar ao máximo possível a utilização de asneiras e asneirolas por parte da pequenada, e dado o termo “merda” ser dos primeiros a surgir, normalmente é substituído por caca, talvez por ser mais fofo, mais carinhoso ou mais cheiroso, digamos.

Mas de onde terá vindo esse termo: caca? Até hoje nunca me tinha questionado sobre a sua origem. Mas talvez se tenha perdido nos tempos. Ou não.
Será originária de alguma região de Portugal? Analisando a frio parece-me que não. Talvez tenha vindo do estrangeiro, seguindo algum séquito real? Sigamos essa pista, recorrendo às novas tecnologias.

Colocando “merda” no Google Tradutor, verificamos que no espanhol / castelhano é como sabemos mierda, no francês merde (adoro ouvir o termo vindo da boca de uma francesa enervada) e no galego, catalão e italiano é merda. Assim mesmo, tal como a nossa.
Mas nada de caca. O mistério permanece…

Não estou satisfeito nem convencido. Tentemos outra vez. Nas línguas de países mais distantes e com línguas não latinas é escusado, pois saem palavrões incompreensíveis.
Vejamos agora naquela língua tão próxima em distância e no entanto tão longe de nós. Tão fácil para todos de utilizar que os próprios falantes contam que “quando Deus quis castigar o Diabo pelas suas tropelias o pôs a aprender Basco durante 3 anos!”

 


Sucesso! Merda em Basco é Kaka!


Está portanto descoberta a origem do termo alternativo e fofinho à merda nacional.
Realmente Kaka é muito mais cool. Estes Bascos são mesmo elegantes.

E afinal as mamãs e os papás portugueses querem é ensinar Basco aos seus filhos e eu nem sequer imaginava. Estão mesmo muito à frente.
Benditos sejam estes progenitores! Ou como dizem os Bascos “horietako pozik nago”.



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