sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Relações "Fast-Food"

Quem nunca se questionou sobre como e porquê alguns casais estão juntos? É que não se compreende à primeira vista, nem sequer à segunda.
Esses casais poderão simplesmente estar juntos por promessa, teimosia, comodismo ou simples receio da mudança! O que é certo é que ainda não viram bem o que se anda a passar, mesmo ao lado….
O conceito de família tradicional desapareceu com as mulheres a trabalhar fora de casa e a ganharem independência perante os homens.
E (alguns) homens tornaram-se também autónomos e independentes, e deixaram de "precisar" das mulheres.
Até há pouco tempo, as relações eram "arranjadas" pelos pais. E tudo ia funcionando, e inclusive haviam muitos poucos divórcios (pudera, eram proibidos!)
No século XX surgiu o conceito de relação por amor, e os casais ficariam juntos enquanto estivesse acesa a “chama do amor”. O amor é, dizem, um ato de vontade, uma decisão, uma promessa, mais que um sentimento.
Tudo isto era muito lindo e romântico, mas as separações por (falta de) amor tornaram-se demasiado frequentes.
Mas a história não podia ficar por aqui, pois surge a moda da união por paixão! E há muito boa gente a afirmar que amor e paixão é a mesma coisa, e como os influencers do Youtub confirmam, tornou-se lei!
Porém, a paixão, por ser tão intensa e física, acaba muito rapidamente, e as uniões nela baseadas duram ainda menos do que as do amor!
Com esta rapidez, surgem relações de consumo rápido, e com troca instantânea de parceiros. Mas não deve ser mau, pois há cada vez mais pessoas a optarem por esta forma de se relacionar.
É a relação fast-food! Escolhes o que queres, comes e já estás pronto(a) para novo relacionamento!
Sem apego nenhum” parece ser a palavra de ordem desta tendência.
Assim, estamos numa sociedade cada vez mais egocêntrica, solitária e não solidária, baseada no prazer intenso e imediato, e em que impera a intolerância em relação ao outro.

Ou seja, apaixonamo-nos cada vez mais e amamos cada vez menos.

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