segunda-feira, 21 de julho de 2014

Compreender

A compreensão plena é algo complexo.
O saber como funciona uma máquina, um computador, as articulaçôes de um animal requer estudo e paciência.
Compreender plenamente as pessoas é algo esmagador.
Lidamos com seres humanos em número considerável, todos os dias, quase todos os dias das nossas vidas. Toda as pessoas sabemos que sentem, pensam, agem, movimentam-se e procuram atingir os seus objectivos. Mas nunca os compreendemos na sua plenitude, mesmo que mostrem quem são.
Não compreendemos quando alguém atravessa uma rua com muito trânsito, fora da passadeira ou sem estar aceso o semáforo verde para os peões, sujeitando-se a ser atropelada. Espantamo-nos é quando ficamos a saber que nem pressa tinha quando o fez.
Não compreendemos quando duas pessoas estão numa relação onde reina a discórdia permanente e têm relações amorosas com terceiras pessoas. Espantamo-nos é quando ficamos a saber que nenhum dos dois pretende abandonar a relação.
Por mais que nos esforcemos, nunca conseguiremos compreender uma única pessoa na sua plenitude. Mesmo que tentemos, o resto das nossas vidas. E temos de interiorizar este facto, para nosso próprio bem.

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