Considero o ato de Pensar como algo maravilhoso, especialmente quando desse ato consigo obter
revelações acerca dos verdadeiros significados sobre situações e sentimentos.
Depois
desses exercícios mentais, fico a chamar-me de estúpido, pois estas revelações estiveram
sempre ali, pacientemente à espera que eu as descortinasse.
Mas porque é
que estou a obter esse tipo de descobertas tão tarde? É que se tivesse obtido
essas respostas mais cedo, teria tomado outras opções e a minha vida teria sido
outra!
Mas como as
revelações estão a ser tardias e a conta-gotas, só me permite dizer “se eu
tivesse sabido disto mais cedo, teria agido ou decidido de outra maneira!”
Sei que o tempo
não volta atrás, que as situações ocorridas já fazem parte do passado, e “não
adianta chorar sobre o leite derramado”.
Na realidade, nunca escutei os mais velhos, e decerto que cada um deles devia ter tido também
as suas revelações, mas que nunca mas transmitiram. Mas agora sei a razão.
É inútil e escusado transmitirmos revelações, pois cada de nós é que deve obter os conhecimentos, pois estes são adaptados à realidade de cada um de nós.
Cada ser
humano é único e irrepetível, fruto da sua genética e de percursos pessoais, moldados
através da educação, das relações e dos conhecimentos.
No entanto,
malditas revelações, que chegam apenas no balanço da vida, quando já é
demasiado tarde para poder mudar seja o que for.
Mas é assim a Vida. E nada mais me resta senão aceitá-la tal como ela é.