Já vi a Vida de
muitas formas. Muitas mesmo! E agora vejo-a como um intrincado jogo de equilíbrio entre as pessoas.
E nesta visão da
Vida, somos todos artistas do Cirque du Soleil, em que cada um de
nós ampara e é amparado por um conjunto de pessoas, uns mais próximos e outros
mais afastados, mas todos igualmente importantes.
E na minha cabeça, esse jogo de
equilíbrio toma a forma de pirâmide humana (por sinal muito popular na
Catalunha), encontrando-se nesta estrutura as pessoas mais importantes da minha Vida.
Esta pirâmide, que
à primeira vista é sustentada apenas com força muscular e tenacidade, na
realidade está suspensa apenas pelo Amor que damos e recebemos dos nossos entes mais
queridos.
Nesta estrutura há
um acordo tácito de auto-ajuda. Se falhar a força a um, os outros amparam-no, mesmo sabendo
que ficarão sobrecarregados e cansados mais rapidamente. Mas quem liga ao
cansaço quando a força motriz é o Amor?
Mas que fazer quando
sinto estar a ficar animicamente cansado? Que
fazer da angústia que sinto por saber que, caso falhe, poderá alguém cair ao
chão? Ou muitos até?
Será que apenas a força
do Amor será suficiente para todos suster? Antes assim parecia,
mas agora sinto que já não. A pressão já era grande e está a aumentar, levando as parcas
forças que ainda me restam.
Aguento. Tento
desvanecer da minha cabeça os pensamentos de desistência, mas sinto que o Amor que me chega já não me chega, Onde está quando mais preciso dele?
Aguento. Mais um
dia. Pelo menos mais um dia. É que pensando bem, o Amor não desaparece assim. E
por isso aguento. A bem de todos. A bem de mim!
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