sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

3 Minutos



Um início, um nascimento, o aparecimento de algo novo é sempre uma incógnita, pois nunca se sabe o que pode ou não daí resultar.

Eu acrescento que seja o que for que se inicia, que nasça, os momentos que antecedem o seu aparecimento são mágicos, não podendo ser explicados por meras palavras.

E surge sempre sempre tão delicado como uma gota de orvalho numa manhã fresca de nascer.

Mas eu não sabia, até agora, como nascia um sentimento.
Julgava que surgia, e pronto. E imaginava que nunca se estava consciente aquando do seu aparecimento.

Acreditava que os meus sentimentos surgiam nos sonhos, e quando acordava ali está ele, ao meu lado, partilhando almofadas, feliz por ver a luz do dia.

Mas agora sei que não é assim. Pelo menos este especificamente não foi. Não acordei com ele ao meu lado. Nem sonhei com ele.

Desta vez estava bem acordado. E por demais consciente do que estava a surgir.

Senti-o nascer. Vi-o literalmente a brotar de mim. E logo foi tomando conta de tudo. Comigo consciente. Demasiado consciente do que ali estava a acontecer.

Não lutei, não me debati, não fiz nada a não ser aceitar, serenamente, a sua vinda, como se esse fosse o comportamento mais natural em mim.

Mesmo agora não estranho esta minha aparente falta de reacção. É que no íntimo sabia o que aí vinha, e era mesmo o que queria. Caramba, era mesmo isso que eu queria!

Assim, nesses momentos mágicos deixei-me estar muito quieto, com receio que algo acontecesse na sua génese. Mas ele nasceu forte e confiante, como sabia que aconteceria.

Ele agora faz parte de mim, da minha essência, da minha alma. E conto que esteja sempre comigo. Para sempre.

E pensar que tudo se passou em apenas 3 minutos….

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