quinta-feira, 7 de julho de 2016

Da Minha Verdade

De todos os sentimentos que elevam o Ser Humano, Perdoar é, para mim, o mais nobre, evoluído e altruísta.

Mas Perdoar é também o mais difícil de entender e de executar, especialmente quando o acto original está para além da minha compreensão.

Posso até dizer que perdoo, posso até sentir que perdoei mas...

... por vezes que esse sentimento dá lugar a outros, consideravelmente menos nobres por mais primitivos por impulsivos, e por isso muito mais próximos de quem realmente sou, e quiçá, todos nós!

É que ciclicamente surge-me uma inquietação, um incómodo, um fervilhar de emoções resultantes da titânica e permanente luta entre o Perdoar e o Vingar, tão visceralmente semelhante às peleias entre o Bem e o Mal, ou do Amar e o Odiar.

Por me ocorrerem estas violentas batalhas questiono a predominância do meu lado humano e altruísta, temendo que tenha feito uma escolha, mesmo inconsciente, pelo lado menos claro do espectro.

Pura ilusão, pois ao Branco sucede o Preto e ao Preto sucede o Branco, tal como ao Amor sucede o Ódio e ao Ódio sucede o Amor.

E que da última batalha nada mais resulta que o início de outra, num movimento contínuo de Renovação.

É que para mim não há Perdão ou Vingança, Bem ou Mal, Amor ou Ódio em termos absolutos.

Deste modo nada é perene e puramente verdadeiro aos meus olhos.

Não vejo Preto ou Branco mas sim inúmeras tonalidades de Cinzento que vão reflectindo sentimentos intrinsecamente meus, mutáveis e evolutivos...

... com os quais trilho caminhos na minha busca da Verdade.

Da minha Verdade.

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