quarta-feira, 30 de março de 2016

O Armando



Armando Sousa Velasquez é um daqueles tipos “do antigamente”, como já não parece haver muitos. E um mulherengo como eu nunca vi!

Na sua cara há sempre um sorriso sedutor quando vê passar uma “carinha laroca”.

Seja numa festa ou num simples passeio, a sua indumentária é sempre absolutamente impecável. Tudo nele condiz na perfeição.
 
Ele é mesmo de outros tempos....

... em que cada fotografia era guardada com carinho, pois representava um momento único e irrepetível....

.... em que os homens abriam as portas às senhoras, que agradeciam gentilmente, sorrindo....

..... em que a conversa, falada ou escrita, era uma verdadeira arte, não uma troca de mensagens virtuais.

Gosto especialmente da forma como enfatiza a beleza e a simpatia das "suas" amigas. E como elas ficam embevecidas com as suas palavras....

Nunca casou. Diz que nunca conseguiria ser fiel a uma mulher só, no meio de toda esta beleza….

Sendo como é, namoradas ou amigas nunca lhe faltaram. Sempre o vi atrás de uma mulher, ou de várias, pois ele sempre gostou de ter um “cardápio” recheado, por onde pudesse escolher.

Armando era frequentemente perseguido pelas suas “namoradas”, especialmente quando elas sentiam a paixão dele a esmorecer…
 
Bastas vezes os perseguidores eram do sexo masculino! Maridos e namorados enganados que queriam obter satisfações. E alguns destes chegaram mesmo a “chegar-lhe” forte e feio....

E Armando, cheio de hematomas, justificava-se baixinho Escorreguei outra vez na banheira…"

Ao qual responde, com graça, a costureira do nosso bairro: “Então tem de ir comprar um tapete de borracha ao chinês. Ou então mais juízo. Mas acho que isso ele já não vende.”

Tudo muda. E nós mal ou bem vamos acompanhando os novos tempos. Mas não ele.

Recusa-se terminantemente a mudar seja o que for. É que quando cair, cairá de pé, igual a si próprio, pois afinal, ele é o Armando, o último gentleman!



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